O medo dos defuntos se mistura com a saudade desde os primórdios da humanidade. Acenando para outra possível vida futura, as pirâmides do Egito consagraram mortos ilustres, como os faraós e seus familiares. Hoje erguem-se campos-santo arborizados ou mausoléus com esculturas onde repousam os restos mortais dos que se foram. E mais recentemente entre nós, adotou-se também a cremação de corpos, sendo as cinzas espalhadas por monumentos naturais que eles amaram em vida, como mares, florestas e outros.
E a lembrança dos mortos ganhou dia especial, Finados. Inúmeros devotos comparecerão aos cemitérios para rezar, acender velas e levar flores, recordando seus entes queridos.
Segundo a lenda, sempre chove no dia 2 de novembro. Na falta de outras explicações para o fenômeno meteorológico, apela-se para interpretações folclóricas muito interessantes. Uma delas diz que chove porque a tristeza dos que perderam pessoas queridas desce dos céus sob a forma de água para lavar as mágoas dos que continuam vivendo na terra.
De qualquer modo, é sempre bom lembrar os mortos que permanecem vivos na memória de muitos por seus exemplos de vida. Parece que, em nosso mundo atual, andam fazendo falta tantas pessoas que partiram...