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segunda-feira, 19 de março de 2012

PRESIDENTE DILMA NÃO ERROU NO NOVO MINISTRO, ERROU NO MINISTÉRIO

Com a aproximação estratégica do governo com os evangélicos para salvar a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo que enfrentava forte oposição de parlamentares religiosos desde que tentou implementar nas escolas o chamado kit anti-homofobia acabou sobrando para o ministro Luiz Santos (PT-RJ) que perdeu o posto no Ministério da Pesca para o sobrinho de Edir Macedo, o bispo Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Apesar da grande perplexidade gerada nas mídias diante da nomeação e da declaração do novo ministro de que não sabe nem colocar uma minhoca no anzol, não creio que a presidente Dilma tenha errado no ministro; mas errou no ministério. Crivella deveria ter ido para o Ministério da Saúde.

Mudando de canais todas as noites, percebe-se nas programações da TV aberta do que a programação evangélica é capaz. Ocorrem mais "milagres" numa única noite em qualquer um desses templos do que os relatados em toda a Bíblia. Perto desses pastores, Jesus era um aprendiz.

Edir Macedo, Valdemiro Santiago, R.R Soares, David Miranda, entre outros pastores da nova geração nos acompanham numa jornada de fé no meio da noite, onde Jesus poderá perdoar nossos pecados e onde podemos conhecer mais a fundo cada igreja para podermos escolher em qual delas queremos ser curados de todos os males e de quebra fazer a "reserva" de um lugarzinho no céu.

Todos os anos milhões de reais são gastos (e outros tantos desviados) no nosso sistema público de saúde com remédios, internações, médicos, enfermeiros, etc., sem contar as intermináveis filas nos atendimentos e o mau atendimento, quando ele ocorre.

Imaginem o bispo Crivella como Ministro da Saúde. Em seu primeiro ato no ministério poderia acabar com todos os chamados Postos de Atendimento e Hospitais Públicos do país. O atendimenro aos usuários do SUS passaria a ser feito diretamente nos templos religiosos ou até mesmo através da televisão ou rádio. Templos e pastores existem suficientemente para atender a todos. Poderia até mesmo dividir o atendimento por especialidades: Câncer e ressurreição: Valdemiro Santiago. AIDS, paralisia: Edir Macedo. Surdez, cegueira. hérnia de disco: R.R.Soares. Parkinson, Walzeimer: Davi Miranda e assim por diante.

A economia e resultado final, com certeza, seriam muito melhores que os atendimentos paliativos dos atuais postos de atendimento do nosso falido sistema público de saúde, além do que não precisaríamos mais de remédios, exames de laboratórios, radiológicos, e principalmente o fim das malditas filas de espera, afinal as curas nos templos são coletivas e instântaneas. Mas se não puder estar presente, não se preocupe, um copo d’água sobre o rádio ou TV resolve. Não tem dinheiro para comprar rádio nem TV? Também não tem problema. Faça um empréstimo num banco qualquer e não se preocupe em pagar a dívida. Pegue uma daquelas toalhinhas e esfregue na porta do banco e sua dívida sumirá "milagrosamente"...