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domingo, 22 de agosto de 2010

O HOMEM LÚCIDO



"O Homem Lúcido sabe
que a vida é uma carga tamanha de acontecimentos e emoções que ele nunca se entusiasma com ela.
Assim como ele nunca tem memórias
O Homem Lúcido sabe
que o viver e o morrer são o mesmo em matéria de valor posto que a vida contem tantos sofrimentos que a sua cessação não pode ser considerada um Mal.
O Homem Lúcido sabe
que ele é o equilibrista na corda bamba da existência.
Ele sabe que por opção ou por acidente é possível cair no abismo a qualquer momento interrompendo a sessão do circo.
Pode também o Homem Lúcido optar pela vida.
Aí então ...
Ele esgotará todas as suas possibilidades.
Ele passeará pelo seu campo aberto pelas suas vielas floridas.
Ele saberá ver a beleza em tudo!
Ele terá amantes, amigos, ideais,
urdirá planos e os realizará
Resistirá aos infortúnios e até mesmo às doenças.
E se atingido por um desses emissários
saberá suportá-lo com coragem e com mansidão.
E morrerá, o Homem Lúcido, de causas naturais e em idade avançadacercado pelos seus filhos e pelos seus netos que seguirão a sua magnífica aventura.
Pairará então sobre a memória do Homem Lúcido uma aura de bondade.
Dir-se-á: - Aquele amou muito. Aquele fez muito bem as pessoas!
A Justa Lei Máxima da Natureza obriga que a quantidade de acontecimentos maus na vida de um homem se iguale sempre à quantidade de acontecimentos favoráveis.
O Homem Lúcido porém,
esse que optou pela vida com o consentimento dos deuses, tem o poder magno de alterar essa lei.
Na sua vida, os acontecimentos favoráveis serão sempre maioria...
Porque essa é uma cortesia que a Natureza faz com Os Homens Lúcidos."

O texto é uma livre tradução, parte de um Tratado sobre a lucidez, escrito no séc. VI a.C, na Caldéia – parte sul e mais fértil da Mesopotâmia, entre os rios Eufrates e Tigre.

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