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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

DEZ MANDAMENTOS DO VOTO CONSCIENTE


1º) Procure conhecer o passado, as ideias e valores do candidato ou candidata. Se ele já se envolveu em escândalos de corrupção, comprou votos, foi cassado pela Justiça, renunciou a mandatos para escapar de punições ou se aliou a grupos envolvidos com essas práticas: simplesmente não vote nele(a)!

2º) Não basta que os candidatos tenham a "ficha limpa". É preciso conhecer as intenções e propósitos de cada candidata/o: quem financia a sua campanha? Quem ele realmente vai representar? Procure se informar. Exija dela/e uma vida honrada, do mesmo jeito com que você procura conduzir a sua vida;

3º) Conheça mais sobre a lei eleitoral: participe de palestras, reuniões e debates. Sua vida em comunidade exige que você esteja mais informado sobre assuntos tão importantes.

4º) Ajude a criar ou fortalecer um Comitê da Lei 9840 para o Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e aplicação da Ficha Limpa. Se você faz parte de algum grupo ou organização social (Associação, Sindicato, Igreja, Clube de Mães, Centro de Direitos Humanos), saiba como fazer no site www.mcce.org.br.

5º) Denuncie a compra de votos: quando uma pessoa aceita um benefício em troca do seu voto se condena a viver sem emprego, educação, segurança pública. Assim, o remédio hoje recebido em troca do voto poderá mais tarde custar a falta do hospital que salvaria a sua vida ou a de seu filho.

6º) Denuncie o desvio de recursos públicos para fins eleitorais. É muito grave que um candidato se utilize de bens e serviços públicos para ganhar as eleições.

7º) Tire fotos, grave ou filme se notar qualquer sinal de compra de voto ou de apoio eleitoral, utilizando o mal uso do dinheiro público, pois ajuda a comprovar a irregularidade na denúncia ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público ou até mesmo à Polícia.

8º) Não vote em pessoas que mudam de partido, como "quem muda de roupa". Ao votar no candidato, não estamos votando só na pessoa, mas no partido, ajudando a eleger outros candidatos do mesmo partido ou coligação: por isso saiba quem são os outros candidatos da legenda.

9º) Procure saber se o candidato tem compromisso com a defesa da vida em todas as suas fases, bem como com a realização da Reforma Política, Reforma Agrária e com Direitos Sociais fundamentais: como criação de emprego e geração de renda, melhoria da saúde e da educação, defesa do meio ambiente e da Cultura da Paz. Cobre esse compromisso.

10º) Pense bem antes de votar, escolhendo pessoas que se prepararam para administrar (Presidente e Governador) ou fazer leis (deputado federal e estadual e para o senado) em benefício de toda a sociedade, nunca em proveito pessoal. Não deixe para a última hora a escolha dos candidatos a deputado e senador. Depois da eleição, acompanhe o trabalho dos eleitos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

QUAL É A NOSSA VOCAÇÃO?


          Domingo, 19 de setembro de 2010, nove e trinta da manhã. Manhã fria como toda boa manhã em São Miguel. Depois de passar pela banca de revista resolvi dar uma espiada lá na “casa de São Miguel” para ver se não mudaram mais nada... Confesso que, apesar do meu momento “de pouca fé”, continuo minha busca por Ele, talvez mais que muitos religiosos convictos e “de muita fé”, e admito que algumas vezes, quando no interior dessa igreja, encontrei respostas para algumas perguntas. Mas para a mais recente ainda não obtive resposta: O que estão fazendo com a nossa igreja matriz?

         Numa das últimas vezes que entrei nessa casa, sentado ali num dos bancos, sem olhar para os lados e concentrando-me apenas naquele “palco” lá no fundo, tive a impressão de que a qualquer momento ia entrar um pastor esbravejando e empunhando uma bíblia como se fosse uma arma... Depois das últimas modificações, está muito parecida com aqueles cinemas reformados para cultos que vemos nas madrugadas na TV.

         Mas apesar do horário, quase dez horas, não havia movimento algum na igreja ou no seu entorno. Portas devidamente cerradas! Nem o São Miguel estava lá na janela, espiando a praça. Fiquei sentado num dos bancos da praça e observando... o frio.

         Cadê os coroinhas que subiam correndo as escadas para “tocar” o sino chamando os fieis para a missa das dez? (não sem dar uma espiadinha lá no coro para ver as filhas do Alcides de Matos). Cadê as Filhas de Maria com suas fitas azuis e véus brancos, as irmãs do Sagrado Coração de Jesus e suas fitas vermelhas e véus negros? Cadê os Irmãos do Santíssimo Sacramento com suas “opas” na cor bordô e cordões dourados? Cadê as crianças com roupa de domingo que lotavam as primeiras filas? (ali próximo àquela mesa de comunhão que existia antigamente). Tudo bem que se ganhava ingresso para a matinê... Por falar em matinê... Deixa pra lá!

         A praça está bonita. Bonita mas vazia. E fria... Penso que o que tornava essa praça aconchegante e quente era o calor humano. Em outros tempos, nesta semana já teríamos o início da chegada das barraquinhas para a Festa do Padroeiro. Pelo jeito vai continuar vazia. E fria...

         Enveredando por esses pensamentos, a cidade já teve seus ciclos, costumes e seus “modismos”, se é que podemos chamar assim: Exploração de minérios e pedras preciosas. Ciclos do fumo, do algodão, do trigo, do bicho da seda, do chá, do carvão, da uva, dos festivais de música, (retomado agora pelo Dudu), do vinho, das madeireiras e por último o turismo ecológico. Mas o fato é que São Miguel nunca encontrou, realmente, a sua verdadeira vocação.

         Assim como as pessoas, as cidades também desenvolvem suas vocações. A vocação de uma cidade nada mais é do que a soma das vocações dominantes desenvolvidas pelos empreendedores locais. Determinar um conjunto de competências, recursos e produtividade local do município em todos os sentidos: econômico, ambiental, artístico-cultural, turístico e educacional. É preciso identificar essa vocação. Levantar tudo o que a cidade tem ou produziu de melhor anteriormente e o que poderá fazer no futuro. É necessário imaginar como serão, no futuro, o setor produtivo local (indústria, comércio, serviços e agropecuária), as instituições de apoio (escolas e centros de qualificação, por exemplo), as dinâmicas econômica, social, cultural, urbana e ambiental, além das relações do município com o meio que o rodeia (região, estado, país).

         Há nestes últimos anos uma ansiedade, visando a mudança de São Miguel Arcanjo a uma inegável condição de estância turística. Esperemos que o foco político não seja somente quanto a verba especial que o Governo Federal destina às estâncias. Se for apenas isso, será mais uma trapalhada político-administrativa.

         É necessário identificar essa vocação o quanto antes e se estruturar para desenvolvê-la. Não é possível pensarmos em Reservas Ambientais quando no entorno do Parque Carlos Botelho o rio Taquaral no Abaitinga está sendo contaminado por esgoto doméstico e agrotóxicos da agricultura do século passado.

         - Vejam o exemplo da cidade mineira de Guarará. Com aproximadamente cinco mil habitantes, ela desenvolve o turismo rural onde você tem a oportunidade de visitar uma fazenda de café e participar de todo o processo de produção da bebida. O turista é convidado a colher o grão, realizar a seleção e participar da fase de torrar e moer o café. No final, o visitante degusta a bebida produzida pelas próprias mãos.
         No centro histórico da pequena cidade, o Museu de Guarará e a Igreja do Divino Espírito Santo (que deve ter seu altar-mor preservado) são paradas obrigatórias. A Festa do Divino, que ocorre em comemoração ao Dia de Pentecostes, atrai cerca de quatro mil pessoas. A população da cidade quase dobra. Durante todo o mês de setembro, os festejos em homenagem a Nossa Senhora das Mercês movimentam a cidade. A Primavera Cultural varia suas atrações a cada ano, promovendo festivais de trovas e poesias e apresentações de teatro e de bandas de música. Também em reverência à santa, são realizados eventos esportivos como corridas de mountain bike e passeios ciclísticos. As construções antigas são preservadas, divulgadas, visitadas e fotografadas por turistas. Rodeio nem pensar!

         Se a vocação for realmente pelo turismo ecológico é necessário que a cidade comece a pensar e agir como estância turística, antes mesmo de sê-la. Senão será apenas mais uma “onda” que passará e nós continuaremos sem saber qual a verdadeira vocação de nossa cidade.

         Quem sabe não voltemos a ver a praça novamente lotada de pessoas, principalmente na semana em que comemoramos o Santo Padroeiro da cidade, ainda que despojado de seu altar. Vale lembrar que agosto, o mês que antecede a festa do padroeiro, é o mês escolhido pela igreja católica para refletir sobre as vocações e que neste ano trouxe como tema: Há esperança no caminho!

         Esperamos que sim! Mas é importante também que a “Esperança, aqui, como dizia Paulo Freire, seja a prática do verbo esperançar e não do verbo esperar. Esperançar é ir atrás, é juntar, é não desistir".

sábado, 11 de setembro de 2010

SAUDADES E LEMBRANÇAS


Podem parecer sinônimos.
Ideia igual,
mas diferentes no sentir.

Lembrança é da memória,
saudade é da alma.
Muitas lembranças, poucas saudades.

Lembranças surgem com um cheiro,
uma música, uma palavra...

Saudade surge sozinha,
emerge do fundo do peito
onde é guardada com carinho.

Lembrança pode ser boa
mas quando não é, pode-se afastá-la,
convocando outra lembrança ou convocando
outro pensamento para o lugar,
ligando a TV ou lendo o jornal.

Saudade é sempre boa,
mesmo quando dói,
e não se apaga mesmo que outra pessoa
tente ocupar o lugar vazio.

Ela pode coexistir com um novo amor,
sem machucá-lo.

Lembrança é algo real,
de um lugar,
de uma época,
uma pessoa.

Saudade pode ser do que não houve,
de uma possibilidade,
de lábios jamais tocados.

Lembrança pode ser contada, medida,
localizada e com algum esforço, pode até
ser calculada com uma fórmula matemática,
ao gosto dos engenheiros.

Saudade é dos poetas, é pautada em rimas e
melodias; vontade de ver a outra pessoa.
Segundo os poetas, teria outro nome,
seria uma saudade com tempero,
eu acho.

Lembrança pode ser sem som
pode não doer.

Saudade jamais é sem som.
Se ela não vier com a música de fundo,
a gente coloca só para ela ficar mais bonita,
mais gostosa de sentir,
para preencher a alma vazia.

Lembrança vence a morte
mas conforma-se com a ausência,
respeita as convenções.

Saudade ignora a morte
vence distâncias,
barreiras e preconceitos.

Lembrança aceita nosso comando,
vai e volta quando queremos.

Saudade é irreverente,
independente e auto suficiente.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O BRASILEIRO É ASSIM:


1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

7. - Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

8. - Viola a lei do silêncio.

9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

13. - Faz "gato" de luz, de água e de tv a cabo.

14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.

16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 15 pede nota fiscal de 30.

18. - Comercializa objetos doados nas campanhas de ajuda a desabrigados vítimas de catástrofes.

19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

21. - Compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.

22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

23. - Diminui a idade do filho para que este passe por debaixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

25. - Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha..

28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

Depois queremos que os políticos sejam honestos...  Eles são os nossos respresentantes... e saíram do meio desse mesmo povo ou não?