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domingo, 31 de julho de 2011

PLACAS REFLETIVAS

        
         A Taxa Rodoviária Única (TRU), foi criada em 1969 para arrecadar recursos utilizados na implantação e conservação de estradas. Com ela, o governo militar praticamente criou a malha viária do país. Os recursos gerados pela taxa chegaram um dia a representar 7% do Produto Interno Bruto Nacional.

         Tudo corria bem com essa arrecadação até que surgiram os pedágios, nascidos supostamente para gerar recursos destinados à conservação das rodovias. Uma proibida e imoral bitributação, portanto. Entre manter os pedágios e acabar com a TRU, o governo, sempre genial na hora de explorar o povo, manteve os pedágios, que se multiplicaram, e trocou o nome da TRU, que em 1985 passou a se chamar IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor, que não pega só carros, ônibus, motos e caminhões, mas qualquer veículo motorizado. Continua sendo uma bitributação, mal disfarçada.

         Eis que agora, em ano pré-eleitoral, coincidência ou não, estamos prestes a ser esfolados de novo. O governo decidiu obrigar o uso de placas e tarjetas refletivas nos veículos emplacados a partir de 1º de janeiro do próximo ano (hoje, elas são opcionais e perdem na preferência para as comuns, mais baratas).

         Os Detrans estaduais já estão publicando suas respectivas normatizações para a novidade. O órgão paulista fez sua parte, baixando resolução com os novos tipos e modelos de placas. De início, a idéia é fazer com que os veículos deixem as fábricas já com as novas placas. Carro que tiver placas danificadas terá que usar as novas, quando da regularização.

          As novas placas também serão praticamente 100% visíveis nas câmeras e registros fotográficos dos radares. Ou seja, essas engenhocas eletrônicas vão dentro de pouco tempo provocar o desemprego dos policiais e amarelinhos ou marronzinhos da vida que não fazem outra coisa senão multar, multar e multar.

         Ou seja: deixando-se de lado a conversa fiada de sempre, tentando convencer que as novas placas vão dar mais segurança (palavras chaves usadas pelo Estado falido e incompetente para intimidar cidadãos já inseguros), no fundo essas placas vão na verdade proporcionar mais dinheiro para uns poucos, em detrimento, novamente, da maioria do povo.

         Ainda no campo da conversa fiada, o governo paulista, pela voz do secretário estadual da Gestão, anuncia que, no caso das placas atuais, a troca será a longo prazo, provavelmente seguindo a ordem do dígito final de cada uma - como marcar a troca dos veículos com final 1 para 2012; final 2 para 2013 e assim por diante.

         Num cálculo rápido, se cada placa refletiva deverá custar no mínimo R$ 40 a mais que as de hoje e se a frota paulista chega a 22 milhões de veículos, o governo do Estado deve embolsar algo em torno de R$ 880 milhões.

Um comentário:

  1. As letras e os números maiores é para facilitar a visualização do foco da câmera para multas, somente isso e mais nada.Porém este sistema está com os dias contados e seu fim chegará em breve, apenas 255 dias em contagem regressiva...

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