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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

JOSÉ CARLOS MONTEIRO TERRA

        
         Ao juntar minha bagagem de jornalista e partir para Sorocaba como redator do jornal Cruzeiro do Sul nos idos de 1975, encontramos o professor de química José Carlos Monteiro Terra, da OSE - Organização Sorocabana de Ensino, e pudemos matar a saudade do tempo do Parque Infantil, quando pulávamos o muro da sua casa (hoje lamentavelmente descaracterizada) na tentativa de dar continuidade à correria, para a qual o espaço arenoso do parque era pequeno. Muitas vezes, sua mãe, a dona Mimi, imortal professora de todos nós, depois de nós dar uma bronca colocava o Zé Carlos de castigo pelo resto da tarde. Depois, voltei para São Miguel Arcanjo e vim saber do amigo, quando de suas núpcias e posteriormente quando cursava engenharia.

         Certa ocasião, o meu amigo Paulo Manoel, sempre às voltas com seu moinho de vento com relação ao nosso chão, resolveu reunir elementos da diáspora são-miguelense, para saber o que faziam e onde era o paradeiro destes, convidando-os a impulsionar de alguma forma a cultura da terra. Encabeçando a lista estava o padre Marivaldo de Oliveira, que além de abrir os braços, franqueou sua paróquia para encontros e reuniões. Numa noite, enquanto eu fazia meu programa de rádio o José Carlos Monteiro Terra me telefonou perguntando se ele poderia ir até a emissora mostrar o seu projeto junto aos egressos da Fundação Casa, incluindo na atividade laboral indivíduos apenados, sem perspectiva de futuro. Era um trabalho voluntário do amigo sãomiguelense, que merecia um programa inteiro. E assim o fiz. E desde aquele dia, onde eu estive inclusive com um programa jornalístico na TV só meu, com uma hora de duração, eu levei o José Carlos. Aplaudindo e incentivando o projeto do moço, outro sãomiguelense de estirpe: o Aylton Sewabricker, que na época era presidente da Fundação Ubaldino do Amaral, entidade mantenedora do Jornal Cruzeiro do Sul, do Colégio Politécnico, da TV Cidade de Sorocaba, pertencentes à Loja Maçônica Perseverança III. Para quem não sabe, o Aylton Sewbricker e neto do saudoso Joaquim Maestro. Certa feita nos reunimos no jornal Cruzeiro do Sul e tiramos uma foto histórica para recordação, chamada “São-miguelenses ausentes, sempre presentes”.


          José Carlos aparece agora com outras boas novas na área em que abraçou. Deverá estar concluindo um MBA de Gestão Empreendedora de Negócios na Esamc e o tema de sua monografia é a “Implantação de um parque agro-industrial em São Miguel Arcanjo”. Além da literatura acadêmica, o moço entrou em contato com o prefeito Celso Mocim e com seu secretário Ari Rosa, os quais estão aguardando o projeto para estudar a viabilidade. Segundo José Carlos, sua intenção é ampliar oportunidades de trabalho para a população carente, de forma a aquecer a economia do município. Em sua demonstração às autoridades municipais, o engenheiro fez questão de lembrar que seus dois avós: José dos Santos Terra e Edwiges Monteiro foram prefeitos em São Miguel Arcanjo no começo do século XX. Além desses fatores que por si só já são importantes, José Carlos se propõe prestar consultoria para a estruturação empresarial, buscando melhorias de resultados e de sustentabilidade.

         José Carlos Monteiro Terra trabalha voluntariamente no CDP - Centro de Detenção provisória de Sorocaba, desde 2009, num projeto chamado “Carpie Diem”, para tirar a população carcerária da ociosidade, angariando junto às empresas com quem se relaciona, espaço de trabalho para ex-detento. O José Carlos é gente nosso que brilha e merece nosso aplauso.

Orlando Pinheiro

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