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sábado, 14 de novembro de 2009

SAUDADES DA INDIGNAÇÃO



          Pertenço a uma geração que deixou e sente saudades. Tínhamos respeito, educação, charme e muito romantismo. Tivemos também momentos de turbulência, agitação, mas soubemos enfrentar, mesmo “caminhando contra o vento, sem lenço e sem documentos, nada nos bolsos ou nas mãos” – como dizia Caetano Veloso – e, vencíamos. Tínhamos dignidade. Éramos jovens sonhadores e idealistas, sem apelos desenfreados e sabendo que a pressa não era uma solução e nada resolveria como num passe de mágica.
          Hoje o despreparo e passividade de expressiva parcela do eleitorado realmente não têm limites. Votam em analfabetos, não exigem qualificação alguma do candidato e aceitam serem chamados de imbecis, de ignorantes e do que mais vier. Não entendem a ofensa, não percebem o desaforo, não ligam! Escrúpulos às favas, apoios irresponsáveis e bravatas popularescas tornaram-se tão comuns que já não causam espanto ou indignação. Não se vê reação...

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