Mais uma Festa da Uva se aproxima. Quais seriam as novidades deste ano? Na última vez, quando lá estive, tinha a competição de MotoCross, uma arena de rodeio, o parque de diversões e as barracas, algumas vendendo produtos do Paraguai. Um restaurante de comida japonesa e o barracão de exposição de frutas.
Outro fato que me chamou a atenção foi que as atividades desenvolvidas no recinto (exposição, rodeio e MotoCross), eram totalmente distintas, desagregadas, sem interação entre elas. (se é que rodeio tem interação com alguma coisa).
Isso me faz lembrar de algumas festas na região: A Festa do Vinho em São Roque, a Festa do Morango em Atibaia e da Alcachofra em Piedade. Em todas elas, as atividades secundárias estão apoiadas e diretamente calcadas no produto que é a atração principal de cada festa.
Não tenho visto isso acontecer em nossa cidade. Muito pelo contrário. O que deveria ser o carro chefe da festa acaba ficando em segundo plano. A poeira e o barulho das motos incomodam quem está no restaurante ou no barracão das frutas. E o que dizer desse espetáculo deprimente que é o rodeio. Não consigo entender o por quê de incluir rodeio na festa da uva... Não sei qual é o valor investido pela prefeitura em cada um desses eventos, mas bem que poderia redirecionar esse investimento para que a “Festa da Uva” seja realmente a festa da uva. E que seja realmente melhor a cada ano. Melhor na estrutura, melhor na divulgação, melhor no acolhimento ao turista.
Vamos deixar essa coisa medonha que é o rodeio fora da festa. Para diversão já existe o parque, as atrações musicais e outras coisas que podem ser utilizadas para esse fim. Não há a necessidade de se apresentar esse “espetáculo” deprimente chamado rodeio. Se não, estaremos mais uma vez na contramão da história. Enquanto mais e mais cidades (inclusive nos EUA) de onde se importou essa praga, proíbem a realização desse espetáculo desumano, temos em São Miguel esse evento associado à uma das principais, senão a principal, realização festiva da nossa cidade. Uma pena!
E isso me faz pensar que a nossa querida São Miguel Arcanjo ainda procura a sua verdadeira vocação... O título de “Capital da Uva Itália” uma vez sonhado e idealizado lá nos anos 70, perde força, a medida que cidades vizinhas, como Pilar do Sul, por exemplo, ganham terreno. Talvez seja apenas uma questão de foco, de prioridades.
Não custa lembrar que o meio mais barato de se atrair investimento e gerar renda ainda é a cultura. Investir em cultura é preservar a sua identidade e sua história. Divulgar essa cultura é fomentar o turismo, e isso gera empregos. Gerando empregos com turismo e cultura, está se preservando a nossa história. Isso é um circulo vicioso positivo. Alguns municípios fazem disso uma fonte de renda, outros... fazem rodeios.
ê paulinho, acertou na môsca. parabéns
ResponderExcluirjairinho costa
é verdade
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