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domingo, 25 de outubro de 2009

NEM MUSEU, NEM CENTRO CULTURAL



      Recuperação da Rua João Cereser, pela Secretaria de Obras, reforma da quadra do CERI Ari Monteiro Galvão (atrás do Gomide),  denominação das ruas no Jardim Califórnia e  providenciar um local para centralizar e contabilizar os trabalhos do censo demográfico, previsto para acontecer no próximo ano. Essas seriam as prioridades para este fim de ano e para o próximo.
     O balde de água fria nos intelectuais da cidade foi o tamanho do “não” para a área cultural. Segundo informações, a administração estaria dando atenção a outras prioridades que não incluem museu municipal ou centro cultural, pelo menos para este ano e para o ano que vem. Entretanto, o prefeito não se esquivou de voltar a tratar do assunto em outra oportunidade, preterindo a conversa por conta das outras prioridades.
     Quanto a possibilidade da utilização do casarão da antiga Empresa Sul Paulista como Casa de Cultura ou Museu Municipal, o prefeito disse estar disposto a interceder junto aos proprietários do imóvel, o que seria importante para o próprio tombamento do patrimônio com mais de cem anos. Mas para isso seria necessário que tivéssemos em nossa cidade uma “lei de tombamento”. Se não, corremos o risco de vermos aquele prédio centenário ter o mesmo destino de outros prédios da cidade, que quando não são demolidos, são totalmente descaracterizados, como a velha cadeia (atual biblioteca).
     Outra aspiração do pessoal ligado à cultura seria a utilização do prédio do matadouro, abandonado há muitos anos, na saída para Santa Cruz. O prefeito foi enfático e disse: “não há no momento nenhum plano para destinação do mesmo”.
     Ao longo de muitos anos nenhum prefeito abriu mão do prédio velho do matadouro para fazer sequer um arrasta-pé beneficente. Guardam (?) à sete chaves o patrimônio público, e este aos poucos também vai se descaracterizando e sofrendo toda a sorte de vandalismo.
     Outro prédio não tão antigo, mas que também poderia ser aproveitado, mas que está tendo o mesmo destino do velho matadouro é o prédio do antigo poço artesiano, na saída para Capão Bonito.
     Pelo visto, os requerimentos encaminhados ao executivo por enquanto ainda não conseguiram sensibilizá-lo da importância de uma casa de cultura e de um museu municipal, muito menos fazê-lo entender o quanto isso é importante para uma cidade em desenvolvimento, como São Miguel Arcanjo que tem como aspiração ser um pólo turístico na região, mas que não consegue olhar com o devido respeito para a sua própria história.

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