Recuperação da Rua João Cereser, pela Secretaria de Obras, reforma da quadra do CERI Ari Monteiro Galvão (atrás do Gomide), denominação das ruas no Jardim Califórnia e providenciar um local para centralizar e contabilizar os trabalhos do censo demográfico, previsto para acontecer no próximo ano. Essas seriam as prioridades para este fim de ano e para o próximo.
O balde de água fria nos intelectuais da cidade foi o tamanho do “não” para a área cultural. Segundo informações, a administração estaria dando atenção a outras prioridades que não incluem museu municipal ou centro cultural, pelo menos para este ano e para o ano que vem. Entretanto, o prefeito não se esquivou de voltar a tratar do assunto em outra oportunidade, preterindo a conversa por conta das outras prioridades.
Quanto a possibilidade da utilização do casarão da antiga Empresa Sul Paulista como Casa de Cultura ou Museu Municipal, o prefeito disse estar disposto a interceder junto aos proprietários do imóvel, o que seria importante para o próprio tombamento do patrimônio com mais de cem anos. Mas para isso seria necessário que tivéssemos em nossa cidade uma “lei de tombamento”. Se não, corremos o risco de vermos aquele prédio centenário ter o mesmo destino de outros prédios da cidade, que quando não são demolidos, são totalmente descaracterizados, como a velha cadeia (atual biblioteca).
Outra aspiração do pessoal ligado à cultura seria a utilização do prédio do matadouro, abandonado há muitos anos, na saída para Santa Cruz. O prefeito foi enfático e disse: “não há no momento nenhum plano para destinação do mesmo”.
Ao longo de muitos anos nenhum prefeito abriu mão do prédio velho do matadouro para fazer sequer um arrasta-pé beneficente. Guardam (?) à sete chaves o patrimônio público, e este aos poucos também vai se descaracterizando e sofrendo toda a sorte de vandalismo.
Outro prédio não tão antigo, mas que também poderia ser aproveitado, mas que está tendo o mesmo destino do velho matadouro é o prédio do antigo poço artesiano, na saída para Capão Bonito.
Pelo visto, os requerimentos encaminhados ao executivo por enquanto ainda não conseguiram sensibilizá-lo da importância de uma casa de cultura e de um museu municipal, muito menos fazê-lo entender o quanto isso é importante para uma cidade em desenvolvimento, como São Miguel Arcanjo que tem como aspiração ser um pólo turístico na região, mas que não consegue olhar com o devido respeito para a sua própria história.
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